
Mesmo diante de ataques aos sindicatos, entidade segue forte e garante direitos aos docentes
Nos últimos anos, a Adusb tem protagonizado uma intensa luta em defesa da carreira docente na Uesb. Mesmo em um cenário adverso para o movimento sindical, marcado por sucessivos ataques e tentativas de enfraquecimento das entidades de classe, a Adusb mantém sua força e capacidade de mobilização, garantindo conquistas importantes para a categoria tanto no campo político quanto na esfera judicial.
Por meio da atuação organizada junto ao Fórum das ADs, a Adusb foi parte fundamental na articulação de lutas que resultaram em reajustes salariais após sete anos de congelamento, liberação de mudanças de regime de trabalho, promoções e progressões, além de avanços no orçamento das universidades estaduais. Essas conquistas são frutos da pressão coletiva, da mobilização da categoria e do trabalho permanente de negociação com o governo estadual.
Contudo, quando os caminhos institucionais se esgotam, a Adusb também se fortalece na via judicial. Recentemente, a assessoria jurídica da entidade obteve vitórias expressivas em ações que envolvem:
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Garantia de mudança de regime de trabalho para 40h em Dedicação Exclusiva, com efeitos retroativos;
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Reconhecimento do direito à gratificação para coordenadores e coordenadoras de curso que exerceram a função sem recebimento;
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Correção da ilegalidade na aplicação de datas diferentes de retroatividade em promoções;
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Restabelecimento do adicional de insalubridade, cortado de forma indevida pelo governo em 2015.
Essas decisões beneficiam diretamente docentes que, em muitos casos, esperavam há anos pelo reconhecimento de seus direitos. E mais, reafirmam a importância da existência de um sindicato combativo e estruturado para sustentar essas lutas.
Um exemplo atual é a atuação da Adusb nas ações sobre o anuênio (tempo de serviço) interrompido durante a pandemia. A entidade está organizando as medidas jurídicas cabíveis, mas apenas docentes sindicalizadas/os poderão ser representados nas ações coletivas. “O enfrentamento às políticas de retirada de direitos das/dos docentes exigem que a categoria esteja sempre em alerta e disposta a resistir. Sempre que necessário também recorreremos ao campo jurídico buscando a nossa proteção e reparação. Para mantermos nossa carreira forte é fundamental termos o nosso sindicato autônomo e livre de pressões de governos, reitorias e partido”, explica Iracema Lima, presidenta da Adusb.
Essa realidade reforça um ponto central: a sindicalização não é obrigatória, mas é essencial. A existência e a força da Adusb dependem da união da categoria. Em tempos de desmonte dos serviços públicos e de constantes ameaças à autonomia universitária e aos direitos trabalhistas, manter um sindicato forte é uma escolha estratégica em defesa de uma carreira digna e valorizada.
“A Adusb continuará representando e defendendo as/os docentes sindicalizados, seja em mesas de negociações ou em ações jurídicas. O alcance das nossas conquistas tem como horizonte, principalmente, atender em primeira instância docentes sindicalizadas/os. Às/aos colegas não sindicalizados, fica o convite: filie-se e fortaleça a Adusb!”, completa Iracema.
Por isso, a Adusb segue com a campanha "Sindicato forte, carreira forte", convocando as/os docentes da Uesb a fortalecerem sua entidade sindical. A filiação é mais do que um gesto de apoio, é um compromisso com a construção coletiva da universidade que queremos.
Atenção para golpes envolvendo ações judiciais
Reforçamos que a assessoria jurídica da Adusb não solicita nenhum tipo de pagamento diretamente aos docentes para execução dessas ações. Em caso de mensagens suspeitas ou solicitação de valores, as/os professoras/es devem entrar imediatamente em contato com as secretarias do sindicato ou com a diretoria para confirmação. O sindicato segue acompanhando os processos e manterá a categoria informada sobre novas decisões e encaminhamentos.