Nas últimas semanas, a Adufs tem ampliado a campanha de mídia contra as políticas educacionais do governo estadual. A divulgação tem ocorrido não apenas em território baiano, mas também na capital do país. A campanha tem como objetivo mostrar a real situação das universidades estaduais e revelar os ataques à carreira trabalhista que os professores vêm sendo submetidos há anos.
Embora o governo Rui Costa tenha se esforçado para demostrar que a campanha de mídia das Associações Docentes não o atinge, nas últimas semanas, empresas de publicidade de toda Bahia receberam um documento assinado por diretores dos Núcleos Regionais de Educação, solicitando que não sejam instalados – ou que fossem retirados de imediato – outdoors com conteúdos contrários às políticas do governo do Estado, nas proximidades de escolas da rede estadual.
Em Feira de Santana, o documento assinado pelo diretor do NRE 19, por ordem do secretário da educação, Jerônimo Rodrigues, se baseia em um Projeto de Lei, ou seja, que ainda não foi sancionado, por isso, não tem validade legal, com os seguintes termos: "É vedado a qualquer estabelecimento de ensino da educação básica, público ou privado, veicular nas suas dependências qualquer atividade de comunicação comercial, inclusive publicidade, para a divulgação de produtos, serviços, marcas ou empresas, independentemente do suporte, da mídia ou do meio utilizado”.
Em uma demonstração evidente de autoritarismo, o governador cerceia a liberdade de expressão dos professores por meio de censura explícita, se amparando em projeto de lei. Com o aparato tecnológico que tem ao seu dispor, bem como, com os milhões gastos em propaganda para manipular a população a seu favor, nos admira que Rui Costa precise se utilizar da censura para barrar as denúncias de professores que mal podem contar com seus salários para sobreviver, já que tiveram os valores cortadas por dois meses durante a greve.
Destruição de outdoors em Feira
Não bastasse a censura de Rui Costa, a Adufs foi informada de que outdoors colocados em três vias de Feira de Santana foram destruídos ao ponto das placas de instalação ficarem inutilizáveis. Em duas destas vias, pessoas foram vistas destruindo o material. As placas estavam localizadas na Avenida João Durval, nas proximidades do colégio Odorico Tavares; na Avenida Rio de Janeiro, região do bairro Pedra do Descanso; e na Avenida Fraga Maia. Somente na Avenida Fraga Maia, a suspeita é de que a chuva forte frontal tenha destruído a placa.
Fonte: Adufs-ba