Adusb fortalece greve geral contra a Reforma da Previdência

Nessa sexta-feira, 14, a população brasileira mostrou mais uma vez a sua indignação com a Reforma da Previdência. Cientes de que serão os mais prejudicados, trabalhadores deixaram seus postos e marcharam pelas ruas em protesto às mudanças no processo de aposentadoria.

Em Itapetinga, os manifestantes reuniram-se na Praça do Rondelli. Após a concentração, os manifestantes saíram em passeata pelas ruas da cidade com cartazes, faixas e muita disposição para a luta em defesa da previdência pública.

                    Passeata pelas ruas de Itapetinga 

Andréa Gomes, representante da Adusb, ressaltou que “essa reforma (da previdência) vai aniquilar a classe trabalhadora do campo e da cidade”. Participante da greve das UEBA que durou 65 dias, Andréa pontuou também a luta em favor da educação pública e de qualidade. “Nós estamos aqui também para denunciar a truculência de Rui Costa. Estamos firmes e vamos continuar cobrando os nossos direitos e em favor da educação”

Presente no ato, a professora Patrícia Cara denuncia “ o quanto isso vai ser prejudicial para a população e o quanto estamos indignados. Estamos aqui lutando permanentemente em defesa dos nossos direitos, de todo povo trabalhador, em defesa da educação pública e contra a reforma da previdência”.

Em Vitória da Conquista, a concentração aconteceu na Praça Guadalajara e seguiu em passeata para o centro da cidade. Mesmo com a baixa temperatura no período matutino, que caiu junto com a garoa – ficando por volta dos 16 graus, o ato foi bastante movimentado e contou com centenas de participantes.

  Manifestantes no Terminal Lauro de Freitas - Vitória da Conquista 

Seguindo uma das frases entoadas durante a passeata “Juntos Somos Mais Fortes”, a professora Sandra Ramos, diz que “todos estamos aqui para juntar forças.  Viemos às ruas para denunciar essa contrarreforma que retira direitos de nós trabalhadores, ao colocar uma forma de contribuição que não nos representa. A classe trabalhadora quando ela se une, mostra a força que tem, como dá para ver nesse movimento que está acontecendo aqui hoje, e em todo Brasil”. Acompanhando também o ato público pelas ruas conquistenses, a professora Suzane Tosta se diz indignada: “Nós estamos aqui para dizer (ao Governo Federal) que não vamos aceitar trabalhar até a morte. Esse processo não é benéfico para a classe trabalhadora, pois reduz os nossos direitos e não vamos conseguir nos aposentar. Contribuímos décadas e décadas para no final sair de mãos vazias! Temos que lutar agora, para quando chegar o momento de aposentar, tenhamos o nosso merecido descanso”.

Em Jequié houve um ato unificado com diversas entidades, representando trabalhadores dos mais diversos setores e com estudantes. Durante a caminhada pelas ruas do centro da cidade foram denunciados os abusos contidos na proposta de reforma da previdência do governo Bolsonaro e os ataques à educação nas esferas federal, estadual e municipal.

            Mobilização em Jequié pelo direito à aposentadoria 

O diretor da Adusb de Jequié, Hayaldo Copque, afirma que “estamos testemunhando um grande projeto de destruição dos direitos dos trabalhadores e de desmonte da educação pública para beneficiar grandes empresários e o mercado financeiro”. A reforma da previdência faz parte do “projeto que busca perpetuar, e até mesmo ampliar, a injustiça social no nosso país”, finaliza Copque.

A Região Sudoeste da Bahia não fez silêncio e se juntou em uma só voz a várias cidades que participaram das manifestações contra este retrocesso em nossos direitos. Não à Reforma da Previdência. Temos o direito de aposentar!

 

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