Uesb na Praça mostra a importância e força da universidade pública
Praça Ruy Barbosa em Jequié

Ontem, dia 9, ocorreu a atividade “Uesb na Praça”, promovida pelo Comando de Greve Docente da UESB, nas cidades de Itapetinga, Jequié e Vitória da Conquista. Marcando os 30 dias da greve docente, o objetivo da atividade é dialogar com a população, criando mais um espaço de divulgação das atividades de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidas pela UESB, que há 38 anos contribui para a inclusão social e desenvolvimento da comunidade do sudoeste baiano. Reforça-se, com isso, a importância da defesa das universidades públicas e da carreira docente, quem vêm sofrendo graves ataques nas esferas federal e estaduais.

Itapetinga

Em Itapetinga, a atividade foi realizada na Praça Dairy Valley às 8h. Uma mobilização de docentes e discentes para mostrar a importância da universidade. Além da graduação e pós-graduação, a professora Débora Cardoso destacou que a Uesb em Itapetinga “faz a diferença no país através da pesquisa em controle de insetos, diversos tipos de alimentos e questões da educação” e convida, “vamos todos proteger a Uesb. Vamos abraçar essa causa”. 

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                     Docentes e comunidade na Praça Dairy Vallei

Jequié

A partir das 14h, a Praça Ruy Barbosa em Jequié recebeu serviços de aferição de pressão, teste de glicemia, serviço de psicologia e instruções de prevenção odontológica. Uma amostra do conhecimento gerado na universidade. O evento também contou com apresentação de programas desenvolvidos na universidade das várias áreas de atuação do campus, ciências naturais, humanas, sociais e da saúde.

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Para Hayaldo Copque, vice-presidente da ADUSB no campus de Jequié e membro do Comando de Greve, “as ofertas de serviços diversos à comunidade de Jequié mostraram a importância e a força da universidade pública”. E completa “nós merecemos respeito, porque nós fazemos universidade e ensino de qualidade no interior do estado”.

Vitória da Conquista

Com ampla participação da comunidade conquistense, a atividade “Uesb na Praça”, foi realizada na Praça 9 de Novembro, no turno vespertino. A professora Flávia Borges, do Departamento de Ciências Naturais, atuante no evento, define a “atividade muito rica que vai determinar que as pessoas valorizem mais a nossa universidade”.  A interação da universidade com a comunidade “mostra a nossa importância como professores e como universidade estadual da Bahia”, conclui.

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Num cenário de desmonte da educação superior, professores e estudantes mostraram a utilidade dos projetos de pesquisa e extensão desenvolvidos no campus da Vitória da Conquista.

                Atendimento à população na Praça 9 de Novembro

Ataques às Universidades Públicas

Num projeto malicioso de entrega dos rumos da educação brasileira a grupos estrangeiros, a despeito de sua importância social, econômica e do conhecimento produzido nas Universidades Públicas, estas vem sendo ameaçada há tempos. É um processo de privatização, que assume várias formas, de sucateamento orçamentário e, mais recentemente, até mesmo de criminalização e descrédito das Universidades Públicas.  Na Bahia, como parte de processo, o orçamento real das Universidades Estaduais vem sendo reduzido ano a ano pelo governo Rui Costa. Além disso, a soma de contingenciamento nas UEBA feita pelo governador Rui Costa foi de R$ 110 milhões, só nos últimos dois anos.

Numa clara contradição o governador Rui Costa presta solidariedade às universidades federais, que tiveram 30% do seu orçamento cortados pelo governo federal, mas reduz e contingência o orçamento das Universidades Estaduais.

Greve Docente

A greve docente reivindica o cumprimento dos direitos trabalhistas, a reposição salarial perdida nos últimos 4 anos, o fim do contingenciamento e a destinação de recursos compatíveis com a importância das Universidades, 7% da Receita Corrente Líquida de Impostos (RLI). Estudos mostram que a parcela da RLI repassada às Universidades Estaduais vem diminuindo desde 2015, ficando abaixo de 5%. Pressionado pelo movimento docente, recentemente o governador anunciou a liberação de R$ 36 milhões. Contudo, vale lembrar que os recursos liberados não chegam a 50% do que foi contingenciado em 2018. A falta de verbas impacta na formação dos estudantes e dos serviços que as Universidades prestam à população.