Dia de luta contra Reforma da Previdência mobiliza trabalhadores de várias categorias por todo o país

Esta sexta-feira (22), definida pelas centrais sindicais como dia nacional de lutas e paralisações contra a Reforma da Previdência, teve início com uma forte mobilização na base de trabalhadores de diversas categorias, como metalúrgicos, petroleiros, trabalhadores químicos, dos Correios, do setor de alimentação, entre outros. Foram realizadas assembleias, atrasos nas entradas de turnos e panfletagens.

O mais forte ato aconteceu em São Bernardo do Campo (SP), que unificou principalmente os metalúrgicos da Mercedes Benz e da Ford (CUT) numa grande passeata, que percorreu o trajeto entre as empresas e o centro da cidade. A manifestação reuniu representantes de todas as centrais sindicais.

O Vale do Paraíba (SP), região com forte peso industrial, também teve forte mobilização.

Em São José dos Campos, os metalúrgicos da GM realizaram assembleia em que repudiaram a reforma apresentada por Bolsonaro e prometeram intensificar a luta. O Sindicato dos Metalúrgicos local, filiado à CSP-Conlutas, realizou atividades em outras sete fábricas, em que houve a mesma votação. Em Jacareí (SP), houve ainda mobilizações em empresas como Basf, Heineken e em servidores municipais.

Em São Paulo e região metropolitana, foram realizadas mais de 70 assembleias, envolvendo 25 mil metalúrgicos (Força Sindical).

Em Minas Gerais, metalúrgicos filiados à CSP-Conlutas de várias empresas também começaram o dia se somando à mobilização nacional em defesa da aposentadoria, como trabalhadores da Granha Ligas, em São João Del Rei, Minas Liga, em Pirapora, e Gerdau, em Divinópolis. Houve ainda mobilizações de metalúrgicos no Paraná e Rio de Grande do Sul (Força Sindical).

Os condutores de São Paulo atrasaram em duas horas a saída dos ônibus das garagens. Metroviários da Linha Azul usaram coletes contra a reforma, em mobilização de protestos aprovada pela categoria.

Em Belém (PA) e Fortaleza (CE), em várias obras, operários da construção civil também se mobilizaram em defesa do direito à aposentadoria.  Outras categorias como servidores públicos, professores, bancários, trabalhadores dos Correios também realizaram protestos em várias cidades.

Na avaliação da CSP-Conlutas a mobilização fortalece a luta para barrar a reforma. “O dia começou com fortes mobilizações nos locais de trabalho, demonstrando desde a madrugada a disposição dos trabalhadores em barrar essa nefasta reforma do governo Bolsonaro que significa o fim do direito à aposentadoria. Nossa luta está apenas começando. Vamos rumo à Greve Geral”, avalia um dos dirigentes da CSP-Conlutas, Luiz Carlos Prates, o Mancha.

 
Ao longo do dia acontecerão também atos e manifestações em todos os estados e no Distrito Federal. Mais de 100 cidades têm programação.
 
Fonte: CSP - Conlutas