Todos às ruas nesse Novembro Negro denunciar o genocídio da população negra

Vamos defender os direitos das mulheres negras, o fim genocídio da juventude negra e ecoar nas ruas um não uníssono à redução da maioridade penal, que irá penalizar os jovens negros do país. Essas serão as bandeiras que vamos defender nesse Novembro Negro, nas ruas, nas marchas das periferias.

A marcha da periferia ocorre pelo país e os atos se concentrarão principalmente entre 18 e 22 de novembro em diversas capitais, e é organizada pelo Quilombo Raça e Classe, com apoio da CSP-Conlutas.
 
O genocídio das mulheres negras
 
O número de homicídios contra as mulheres negras cresceu  54% em 10 anos. É o que aponta o estudo do Mapa da Violência divulgado nesta segunda-feira (9). De acordo com a pesquisa, o número de morte de mulheres negras passou de 1.864, em 2003, para 2.875, em 2013.

As políticas de proteção às mulheres nesses 13 anos de governo do PT são ineficazes e a pesquisa divulgada hoje só reafirma isso.

É preciso dar uma basta ao genocídio das mulheres negras.
 
O genocídio da juventude negra
 
Sessenta e um por cento das vítimas da polícia no estado são negras. Os policiais que matam nas periferias, em sua maioria, brancos (79%), sendo 96% da Polícia Militar, de acordo com o estudo da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) divulgado ano passado.
 
Vamos denunciar as mortes dos jovens na periferia, pois são nas favelas e morros que as mães negras choram a perda de seus filhos, que morrem nas mãos da polícia, por serem considerados suspeitos.
 
Vamos para as ruas relembrar e luta de Dandara e Zumbi dos Palmares.  Denunciar essa violência contra a juventude negra e reavivar o mote as manifestações realizadas pelo movimento negro na década de 90, por uma política de estado contra o racismo no Brasil.
 
Ações das marchas da periferia
 
Estão previstas ações na zona oeste da capital no bairro da Brasilândia, em São José dos Campos, interior de São Paulo, em Guarulhos (SP) e em Santos (SP), nos dias 19 e 20 de novembro.
 
No Rio de Janeiro, no dia 20, a manifestação no bairro de Madureira contra o apartheid social. Os jovens dessa região são impedidos pela policia de acessar a praia na zona sul e linhas de ônibus estão sendo cortadas com esse objetivo.
 
No Maranhão, estado que deu origem à marcha da periferia também no dia 20 novembro haverá manifestação. O mesmo ocorre em Santa Catarina e Porto Alegre. Em Minas Gerais, a marcha terá como foco as remoções forçadas. No Ceará, a marcha será dia 19, e no dia 22 em Recife, Pernambuco e Alagoas.
 
Jornadas de luta do Movimento Popular
 
“Organizar os de baixo para derrubar os de cima”. Esse é o eixo da jornada de luta promovidas pelo Luta Popular e que também vai integrar as ações desse novembro negro.  Estão previstas manifestações em São Paulo, no estado do Amazonas, Sergipe, Pará, além de ações culturais com a juventude da periferia em Blumenau (SC), no Rio de Janeiro, na favela do Jacarezinho, Morro Santa Marta.
 
Esses atos acontecem dia 18 e se estendem até o dia 25 de novembro com o intuito de fortalecer o calendário da marcha da periferia.
 
O movimento popular vai para as ruas contra os cortes do governo aos direitos dos trabalhadores, com as medidas de ajuste fiscal. Cortes esses que se estendem ao Ministério das Cidades.
 
Vamos exigir nenhum corte de orçamento nas políticas para habitação popular, suspensão imediata dos despejos rurais e urbanos, pelo congelamento do preço dos aluguéis, contra todas as demissões e estabilidade no emprego.