Combate ao adoecimento docente: Reitoria continua omissa

O adoecimento docente já faz parte da realidade dos(as) profissionais da educação no Brasil. Com a intensificação do trabalho e o aprofundamento do produtivismo acadêmico, a situação tem se agravado nas Instituições de Ensino Superior. Na Uesb, o cenário não é diferente. Em defesa da saúde da categoria, a Adusb reivindica ações que combatam o adoecimento. O compromisso com a causa foi assumido pela reitoria em abril, todavia nada foi encaminhado.

São inúmeros os afastamentos por licença médica, bem como os(as) professores(as) em contínuo tratamento para males físicos e psicológicos. O estudo realizado pelo professor Hector Munaro (DS), exposto no seminário da Adusb em 2012, já apontava que 66,7% dos docentes da UESB apresentavam comportamentos negativos nos itens de atividade física e controle do estresse.

Em reunião realizada com a reitoria em abril desse ano, a Adusb registrou sua preocupação com o avanço do adoecimento docente na Universidade e cobrou ações concretas da reitoria para o seu combate. Na ocasião, o sindicato defendeu a criação de um núcleo para prevenção e acompanhamento do adoecimento, reivindicação presente da pauta interna da categoria desde 2010.

O reitor da UESB, Paulo Roberto Santos, aprovou a ideia e assumiu o compromisso de fazer um levantamento de dados sobre a existência de ações em andamento na Universidade com essa finalidade. Após a coleta, uma reunião de trabalho seria agendada com a Adusb para discussão do núcleo. Apesar da importância da questão, a administração não entrou em contato com o sindicato para iniciar os trabalhos. A omissão da reitoria da UESB em questões fundamentais do cotidiano da Universidade é um fato incontestável. A Adusb repudia tal descaso e reivindica agilidade na construção de ações de combate ao adoecimento docente.