A força da classe trabalhadora em defesa da educação obriga o governo da Bahia a cumprir a lei

O governo federal anunciou no dia 22 de maio mais um conjunto de ataques à população com o ajuste fiscal em cerca de R$ 60 bilhões. Novamente a classe trabalhadora será penalizada para beneficiar banqueiros com o pagamento dos juros da dívida pública. A educação tem sido um dos setores mais atingidos pela redução de investimento com quase R$ 9,5 bilhões de corte. Não é à toa que trabalhadores(as) da educação em todo país deflagraram greve contra a retirada de direitos e em defesa de mais investimentos. Os(As) professores(as) das Universidades Estaduais da Bahia também não fugiram da responsabilidade de lutar pela educação pública, bem como pelo respeito aos direitos trabalhistas e seguem firmes em greve.

O governo da Bahia ao longo dos anos tem realizado fortes ataques ao Estatuto do Magistério Superior e consequentemente à carreira docente. Promoções, progressões e mudanças de regime de trabalho não são asseguradas. Somado a isso, o governo petista se recusa a ampliar o número de professores(as) e destinar os recursos necessários para o funcionamento adequado das Universidades Estaduais. A situação levou professores(as) da UESB, UESC, UEFS e UNEB a deflagrarem greve no dia 7 de maio.

Em uma tentativa de minar o movimento paredista, o governo tradicionalmente descumpre o direito constitucional e não realiza o pagamento dos salários dos(as) grevistas, mesmo quando a greve é julgada legal pela justiça. Dessa vez, o governo Rui Costa (PT), pressionado pela crescente mobilização da categoria, cumpriu com sua obrigação legal e efetuou o pagamento dos salários. Vale lembrar que todos os procedimentos necessários para a garantia da legalidade jurídica da greve foram tomados pela Adusb, conforme deliberação de assembleia.

Tal vitória nesse momento histórico demonstra a força do movimento grevista e acrescenta fôlego à categoria para fortalecer a luta. A classe trabalhadora não negociará direitos, nem pagará a conta da crise!

#ABahiaQuerResposta

Com informações da CSP-Conlutas