Em meio à crise econômica mundial, o horizonte é de intensa luta para a classe trabalhadora nesse 1º de maio. A redução dos investimentos em áreas como saúde e educação, além da supressão dos direitos trabalhistas são algumas das estratégias para a manutenção do lucro dos grandes capitalistas às custas dos(as) trabalhadores(as). Os ataques praticados a nível nacional, pelo governo federal, também são aplicados na Bahia pelo governador Rui Costa (PT) que desrespeita os(as) servidores(as) públicos(as) e trata com descaso das Universidades Estaduais.
Direitos não se negociam!
Com o Congresso mais conservador desde o fim da ditadura, os(as) brasileiros(as) presenciam o engavetamento de projetos de interesse da população, como a igualdade salarial entre homens e mulheres e pela redução da jornada de trabalho. Em contrapartida, projetos conservadores são trazidos à tona e votados em caráter de urgência como o PL 4330 (da terceirização) e da redução da maioridade penal.
Até mesmo as aposentadorias dos(as) servidores(as) públicos(as) estão em risco. No Paraná, o governador Beto Richa (PSDB) sancionou a lei, nesta quinta (30), que autoriza o Estado a retirar R$ 125 milhões por mês da previdência. Significa dizer que 33 mil servidores(as) aposentados(as) deixarão de receber diretamente do caixa do Estado para ganharem seus benefícios a partir do próprio fundo previdenciário. A redação final da lei foi aprovada na quarta (29), mesmo com o massacre da Polícia Militar contra os(as) professores(as) que se manifestavam como contrários(as) à mudança. Mais de 200 trabalhadores(as) ficaram feridos(as).
O funcionalismo público baiano também sofreu um grave ataque que põe em risco as aposentadorias. Durante o recesso do final do ano, o governo encaminhou para a Assembleia Legislativa o projeto para a criador do regime de previdência complementar (PREVBAHIA). A aprovação foi realizada na primeira sessão de 2015 por unanimidade. O PREVBAHIA extinguiu a aposentadoria integral no Estado e permite a especulação financeira dos recursos destinados à previdência dos(as) servidores(as). Ou seja, a má administração do fundo pode levá-lo à falência e deixar milhares sem aposentadoria.
A educação em luta
O cenário é preocupante, mas a classe trabalhadora tem se organizado em defesa dos seus direitos, sobretudo os(as) profissionais da educação. As ruas do Chile foram tomadas no dia 16 de abril por mais de 150 mil pessoas em defesa da educação pública. No Brasil, as Universidades do Pará, Amapá e Rio Grande do Sul estão mobilizadas por melhores condições de trabalho e estudo. O setor das Instituições Federais de Ensino Superior do ANDES aprovou indicativo de greve por todo país.
Como não poderia deixar de ser, os(as) professores(as) das Universidades Estaduais da Bahia também estão em luta pela garantia dos direitos trabalhistas e por mais recursos orçamentários. As assembleias para a avaliação da deflagração da greve acontecerão nas quatro Universidades no dia 7 de maio. A classe trabalhadora não se calará e não aceitará pagar a conta da crise.
Título: Karl Marx – Manifesto Comunista
Com informações do ANDES-SN