15 de abril: Professores da UESB na luta contra a terceirização
Ato público em Vitória da Conquista

O Dia Nacional de Paralisações, ocorrido no dia 15 de abril, levou milhares de trabalhadores(as) às ruas de todo país contra o PL 4330 e as Medidas Provisórias 664 e 665. Na Bahia não foi diferente. A CSP-Conlutas e outras centrais sindicais, em conjunto com movimentos populares, realizaram atos públicos em protesto contra os ataques aos direitos trabalhistas. Os(As) professores(as) da UESB suspenderam as atividades na data e participaram das mobilizações.

Vitória da Conquista

O dia foi iniciado com mobilização em frente aos portões da UESB e entrevistas para TV e rádio. A Adusb expôs seu posicionamento contrário a qualquer tipo de terceirização, sejam de atividades meio ou fins, por considerar que precariza as relações de trabalho. A terceirização de professores(as) e o fim dos concursos públicos foram apontados como um dos graves reflexos da aprovação do PL 4330 para as Universidades.

Debatedores criticam PL 4330, das terceirizações, em audiência no Senado.

Na sequência, os(as) docentes engrossaram as fileiras do ato público na Praça Barão do Rio Branco, onde realizaram panfletagem. O Movimento fechou o terminal de ônibus da Lauro de Freitas e interditou a BR-116. O ato foi organizado pela Adusb, Sindilimp, SIMMP, Sindsaúde, Sinserv, Sindae, APLB, Movimento Unificado das Associações de Moradores, MST, Sindicato dos Rodoviários, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Marcha Mundial de Mulheres, Levante Popular da Juventude, Consulta Popular e UJS.

Jequié e Itapetinga

Em Itapetinga, os(as) docentes fecharam os portões da UESB e realizaram panfletagem durante todo o dia. Já em Jequié, professores(as) participaram de manifestação na Praça Rui Barbosa para distribuição de panfletos.

Salvador e região

A capital começou o dia de luta com os ônibus parados por quatro horas, além de agências bancárias. Em Camaçari, a CSP-Conlutas e demais entidades bloquearam a entrada da cidade, fechando o acesso à fábrica da Ford. No período da tarde, durante o ato unificado, as ruas do centro de Salvador foram ocupadas por trabalhadores(as).

A CSP-Conlutas avaliou o Dia Nacional de Paralisações como uma “data histórica” para a classe trabalhadora. Devido à força das ruas a votação do PL 4330 foi adiada pela Câmara dos Deputados. De acordo com Paulo Barela, membro da Secretaria Executiva Nacional, “novamente os trabalhadores na rua vem dizer que não são responsáveis por esta crise e não vão pagar a conta que tentam jogar nas costas da população. Importantes categorias fizeram greves, atos, paralisações. É um sinal importante para o governo Dilma, para o Congresso reacionário e para a elite deste país de que os trabalhadores não se reúnem apenas em dia de festa. Eles vão pra luta!”.

Fonte: Adusb com informações da CSP-Conlutas