A Adusb denuncia a crise nas UEBA durante a primeira semana de aula
Panfletagem realizada no campus de Vitória da Conquista na segunda (23)

O semestre letivo da Uesb é iniciado com luta por mais recursos para as Universidades Estaduais da Bahia. Durante toda a semana, a Adusb realizarou panfletagem nos três campi e visitou salas de aula para dar as boas vindas aos estudantes, bem como alertar sobre a crise orçamentária e seus efeitos. O silêncio do governo sobre a negociação da pauta de reivindicações 2015 com o Fórum das ADs também foi ressaltado pelos(as) docentes.

Confira a carta aberta do Fórum das ADs.

Durante a passagem em salas na segunda (23), a Adusb dialogou com a comunidade acadêmica sobre a redução em cerca de R$ 19 milhões das verbas de manutenção, investimento e custeio para as Universidades Estaduais nos últimos dois anos. O corte de recursos se reflete, por exemplo, na inviabilização de concursos públicos, atraso no pagamento de bolsas e paralisação de obras de infraestrutura.

Em carta, o Fórum das ADs ressalta que “a redução no orçamento também coloca em risco os direitos trabalhistas, pois dificulta a promoção na carreira dos(as) docentes e leva a retenção dos salários dos(as) trabalhadores(as) terceirizados(as)”. O referido documento avalia que “Rui Costa, além de ignorar o papel fundamental do ensino superior público estadual para o desenvolvimento político, social e cultural do povo baiano, demonstra seu total alinhamento à política do governo federal e aos ditames do capitalismo mundial”.

A necessidade da mobilização das três categorias (docentes, estudantes e técnicos) para o combate à política promovida pelo governo de sucateamento das Universidades Estaduais foi ressaltada pela Adusb. A participação da comunidade na denúncia da crise, inclusive por meio das redes sociais, foi apontada como um importante elemento de pressão para que o governo inicie as negociações. A reivindicação protocolada pelo movimento docente é a destinação de, no mínimo, 7% da receita líquida de impostos (RLI) para o orçamento das UEBA.  Atualmente, o governo investe apenas 5% da RLI nas UEBA, recursos insuficientes para as demandas das instituições.