Terceirizados suspendem atividades na volta às aulas por falta de pagamento
Reunião entre Sindilimp e terceirizados durante o dia 23 de fevereiro

Em protesto contra a falta de pagamento de salários e outros direitos, terceirizados(as) do setor de limpeza e manutenção do campus de Vitória da Conquista permanecem com atividades paralisadas desde a segunda (23). De acordo com o sindicato da categoria (Sindilimp-Sudoeste), os(as) trabalhadores(as) deverão permanecer de braços cruzados até que os pagamentos sejam realizados. O problema também se estende aos campi de Jequié e Itapetinga.

Desde 2014, os(as) terceirizados(as) da Uesb sofrem com a falta de regularidade no pagamento de salários, vale-alimentação e transporte. Neste momento, os atrasos chegam há 60 dias. “Os trabalhadores da CCS saem de férias, retornam de férias e não recebem”, afirma o secretário do Sindilimp, Luciano Souza.

Ainda segundo o sindicato, a Pró-reitoria de Administração e Recursos Humanos da Uesb (PRARH) informou que está buscando realizar o empenho das parcelas que devem às empresas responsáveis pelos(as) trabalhadores(as). Contudo, “nós sabemos que fazendo esse empenho, o dinheiro só será liberado com 72 horas”, alerta Luciano Souza. Em contato com o Sindilimp, a PRARH justificou o problema com o fechamento do sistema financeiro do Estado durante o final do ano. Como o prazo estabelecido pela categoria para o recebimento dos pagamentos não foi cumprido, trabalhadores(as) terceirizados(as) do setor administrativo aderiram à paralisação na manhã desta terça (24).  

Para a presidenta da Adusb, Márcia Lemos, esta é mais uma das faces da crise orçamentária vivida pelas UEBA. “O desrespeito aos direitos trabalhistas é uma das expressões mais graves e cruéis da redução das verbas destinadas ao ensino público superior do nosso Estado”, afirma a dirigente. Em combate a este tipo de prática, Lemos ressalta a urgência em “cobrar do governo a destinação de 7% da RLI para as UEBA, tanto quanto exigir que a reitoria da Uesb adote uma firme posição em defesa dos trabalhadores e das trabalhadoras dessa instituição”.