Fórum das ADs discute conjuntura política e prepara luta

Em reunião realizada no dia 19 de janeiro, em Vitória da Conquista, o Fórum das ADs defendeu que o Movimento Docente (MD) reaja às investidas do governo contra os direitos dos(as) trabalhadores(as). Diante da confirmação da redução orçamentária para este ano, promoções, PL da desvinculação e alterações de regime de trabalho parados, dentre outros tantos problemas enfrentados pelas Universidades, o Fórum sinaliza para a construção da greve. Além disso, serão realizadas denúncias contra a privatização da previdência e uma campanha para informar a comunidade sobre a pauta de reivindicações 2015.

Na avaliação do Fórum das ADs, a conquista de novos direitos, a manutenção ou mesmo a perda destes estão vinculadas a uma contínua correlação de forças entre trabalhadores(as) e patrões. Sendo assim, tais direitos não estão garantidos. O pacote de medidas para restrições de acesso a benefícios como pensão por morte é um exemplo dessa dinâmica. A comunidade acadêmica deve permanecer mobilizada e disposta para a luta, pois as Universidades Estaduais da Bahia (Ueba) estão ameaçadas.

O governador Rui Costa já deixou claro que dará continuidade à política de sucateamento das Ueba ao aprovar a redução de R$ 7 milhões para as verbas de manutenção, investimento e custeio deste ano. Os direitos trabalhistas continuam sendo negados e o quadro docente permanece sem ampliação. O governo também não se manifestou em relação à pauta de reivindicações 2015, a reunião solicitada pelo Fórum das ADs para 15 de janeiro ainda não foi marcada.

Previdência

Como se não bastasse, o regime de previdência complementar, implantado através da PREVBAHIA, foi aprovado pela Assembleia Legislativa estrategicamente em um curto prazo, no retorno do recesso de fim de ano, em 5 de janeiro de 2015, sem qualquer discussão com os servidores públicos do Estado da Bahia.

Saiba mais sobre a PREVBAHIA.

Reajuste linear

O silêncio de Rui Costa sobre o reajuste-linear é o mesmo utilizado pelo seu antecessor, que em 2013 e 2014 desrespeitou a data-base do funcionalismo público e realizou os pagamentos de forma parcelada. O Movimento Docente já aprovou em suas assembleias a reposição integral da inflação e não aceitará qualquer acordo que confira perdas aos trabalhadores(as). 

Em tempos difíceis como o apresentado, lutar em defesa da Universidade Pública e pela valorização do trabalho docente é o que fará a diferença capaz de alterar os rumos. Dessa forma, o Fórum das ADs retoma o acúmulo das assembleias de 2014, quando foi aprovado o indicativo de greve nas quatro Universidades, e aponta para a sua continuidade. A campanha de mídia para a pauta de reinvindicações 2015 e a denúncia da privatização da previdência estão sendo preparadas pelos(as) docentes.