Assembleia aprova participação na Semana de Mobilização e Luta

Em protesto contra a redução de R$ 7,3 milhões em verbas do orçamento 2015, o estrangulamento do quadro docente e a não aprovação do PL da desvinculação, o(a)s professore(a)s da Uesb aprovaram nesta terça (9) paralisação de 17 a 19 de setembro, com ida à Assembleia Legislativa (ALBA). A suspensão de atividades faz parte da agenda da Semana de Mobilização e Luta (15 a 19 de setembro) indicada pelo Fórum das 12, que reúne representação das três categorias das quatro Universidades Estaduais.

Durante a assembleia, o(a)s docentes consideraram como urgente uma reação contra a política do governo de sucateamento das Universidades Estaduais. A categoria acredita na necessidade de defender 7% da RLI para o orçamento e na luta pela garantia dos direitos trabalhistas. Durante as falas, fortes críticas também foram feitas à gestão dos recursos na Uesb. O(A)s docentes cobraram planejamento orçamentário com discussão democrática e transparência.

Após intenso debate, a categoria aprovou participação na Semana de Mobilização e Luta que ocorrerá de 15 a 19 de setembro, com atividades de agitação e aulas públicas nos dois primeiros dias, além de paralisação nos dias 17, 18 e 19 com ida à Assembleia Legislativa.

Crise orçamentária e negação de direitos trabalhistas

Em reunião com o líder do governo na ALBA, representantes da Secretaria de Educação e Administração, realizada na segunda (8), o Movimento Docente voltou a cobrar o envio imediato do PL da desvinculação, ampliação ainda este ano do quadro de vagas e 7% da receita líquida de impostos para as Universidades. Mesmo com o tensionamento do Fórum das ADs, o governo não apresentou nenhuma proposta para as reivindicações. Acenando apenas com a possibilidade de ampliação emergencial do quadro docente.

Em agosto, o governo apresentou às Universidades a previsão orçamentária de 2015, com uma redução de mais de R$ 7 milhões nas verbas de manutenção, investimento e custeio. Na Uesb, o corte previsto é de R$ 1,8 milhões. Além dos problemas orçamentários, atualmente faltam cerca de 220 vagas para professores e há quase 80 docentes na fila para promoção.