Ataque do governo para o orçamento 2015 é confirmado em reunião do Consu

A crescente insatisfação da comunidade acadêmica com a crise orçamentária na Uesb pôde ser claramente comprovada durante a reunião do Conselho Superior (Consu) desta quarta (20). Foram discutidos os orçamentos de 2013, 2014 e 2015, quando foi anunciada a redução quase 2 milhões para as verbas de manutenção, investimento e custeio do ano que vem. A Adusb defendeu que os direitos trabalhistas fossem assegurados e cobrou da reitoria esclarecimentos sobre a situação financeira atual da Uesb.

Preocupados com os efeitos do arrocho orçamentário, departamentos reivindicaram da administração a convocação do Consu para debate. No início dos trabalhos o reitor, Paulo Roberto Santos, explicou que as contas de 2013 não poderiam ser votadas devido a não geração do balancete final pelo novo sistema de contas do Estado (Fiplan), porém seriam feitas as discussões dos três anos presentes na pauta.

Orçamento 2015

Segundo a Asplan, o governo apontou para o orçamento 2015 uma redução de quase 2 milhões para as verbas de manutenção e ações do PPA, em relação ao ano anterior. Se comparada com 2013, a redução chega a 6,5 milhões.

Diante da gravidade da situação, o presidente da Adusb, Marcos Tavares, defendeu a comunidade acadêmica ao afirmar que “ou o governo negocia e revê sua postura dos últimos meses ou a diretoria da Adusb convocará a categoria para ir para a luta e deflagrar o movimento paredista”. O Fórum das ADs se reunirá no dia 25 de agosto com o líder do governo na ALBA, Secretaria de Educação e Secretaria de Administração para discussão do impasse sobre ao PL da desvinculação de vagas por classe, orçamento e ampliação do quadro de vagas.

Promoções e progressões

O protelamento da reitoria para o debate do orçamento corrente foi criticado pela vice-presidente da Adusb, Márcia Lemos. A docente também solicitou a explanação dos critérios utilizados pela administração para gerir o orçamento 2014, já que o mesmo não foi discutido pela comissão responsável, nem pelo Consu, até aquele momento. Em defesa da categoria, a Adusb cobrou esclarecimentos sobre os recursos para as promoções e progressões.

De acordo com o reitor, a Asplan repetiu as decisões tomadas pela comissão responsável pelo orçamento em 2013 nas contas deste ano, já que a mesma ainda não se reuniu. Em relação às progressões, o reitor fez a seguinte afirmação: “eu peguei o recurso de 2014 de promoção, que não estava sendo usado porque não temos vagas (...) e paguei a todos os docentes que estavam retidos em 2013”.

Em resposta, o presidente da Adusb, rebateu o posicionamento da reitoria de que as promoções não serão feitas ainda este ano ao assegurar que o Movimento Docente está mobilizado para que os direitos sejam garantidos. A assembleia da Adusb com indicativo de greve como pauta, a ser realizada no dia 28 de agosto, também foi ressaltada pelo presidente.

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