Zago cancela reunião com trabalhadores da USP; grevistas convocam ato para o dia 14

Em conversa realizada na semana passada, dirigentes de Ribeirão Preto expressaram repúdio ao corte de salários dos funcionários grevistas, e o reitor garantiu reunião nesta quarta-feira (13) para negociar o corte de ponto. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), há grevistas que receberam informes sobre o corte de ponto com descontos de 2, 15 e até de 30 dias.

Mas, ontem à tarde, o chefe de gabinete de Zago informou o cancelamento da reunião em virtude do fechamento dos prédios da universidade pelos trabalhadores em luta.

O argumento é rebatido pelo movimento uma vez que os prédios seguem interditados desde o início da greve, e para agravar a situação, os diretores do sindicato sofreram ameaça de demissão por justa causa.
 
Contra mais este ataque, e em defesa da educação pública e do direito de greve, trabalhadores da USP, Unesp e Unicamp, professores e estudantes sairão do campus e seguirão em passeata até o Palácio dos Bandeirantes.
 
O ato unificado tem como objetivo denunciar a crise nas universidades, resultado não somente da postura intransigente da reitoria, mas também do descaso e abandono da educação pública por parte do governo.
 
As universidades estaduais estarão nas ruas para protestar contra o zero de reajuste, os cortes de salários, a desvinculação do Hospital de Bauru (HRAC) e anúncio de desvinculação do Hospital Universitário e unidades de saúde da USP.
 
Veja o boletim completo do Sintusp
 
Negociação Já! - Os trabalhadores, que no último dia 7 realizaram o maior trancaço da história da USP, ameaçam repetir a ação caso seja mantida a data de negociação para apenas 3 de setembro.
 
Informações sobre o ato - Os professores e funcionários da USP, Unesp e Unicamp organizam um Ato na porta do Palácio dos Bandeirantes, denunciando o governo do estado pela truculência contras os trabalhadores. Esta mobilização tem início marcado para às 14 horas, com concentração na USP, às 11:30 hs, e em passeata até o Palácio.
 
Além da manifestação, que abrange a intransigência do reitor que segue a linha política e truculenta do governo Alckmin, a proposta das estaduais é trazer esta discussão da educação pública e da repressão a que são submetidos trabalhadores e estudantes. Portanto, o movimento deve entregar um documento com as pautas urgentes dos movimentos sociais e da categoria dos trabalhadores da educação em luta para ser encaminhado ao governador Geraldo Alckmin.
 
Em outras estaduais - Na Unesp segue sendo avaliado um abono de 21% aplicados sobre os salários de julho de 2014, com reajuste do vale alimentação, somando um aumento de 41,6%, mesma porcentagem conquistada na Unicamp, cujo reitor informou que o início do 2º semestre, na melhora das hipóteses, começará em setembro, devido à greve e a ausência de lançamento das notas de muitos alunos.
 
O Sindicato dos Trabalhadores da USP também recebeu a informação de que o reitor Tadeu ofereceu um abono salarial de 21% (referente aos quatro meses: maio, junho, julho e agosto), pois em setembro “haverá negociação”.
 
A Assembleia da Adunicamp (professores) aprovou a suspensão da greve até setembro.
 
Chamado aos estudantes - Os funcionários da USP chamam os estudantes a se unir ao movimento grevista. Confira aqui a carta
 

Fonte: CSP-Conlutas