Fórum das ADs apresenta rejeição de proposta

Foto: Ascom Adusc

Munidos do resultado das quatro assembleias docentes, o Fórum das ADs apresentou ao governo, durante a reunião desta terça (23), um documento com os encaminhamentos e as reivindicações da categoria. Na ocasião, o(a)s representantes docentes pressionaram o governo a dar mais um passo nas negociações e problematizaram mais uma vez sobre o não pagamento do reajuste linear ao funcionalismo público do Estado.

Nas assembleias realizadas no dia 18 de abril, os Movimentos Docentes da Uesb, Uesc, Uefs e Uneb, rejeitaram completamente a proposta do governo de reajuste no Incentivo de Pós-Graduação (IPG), por considerá-la excludente e não atender às reivindicações da categoria.O(A) professore(a)s aprovaram a criação de um Grupo de Trabalho para discussão da carreira docente em 2014.

Sobre a segunda proposta, chamada de “B” pelo governo, o percentual de 4% de reajuste no vencimento base foi considerado insuficiente pela categoria. A incorporação do restante da CET foi novamente defendida até 2013, como sinalizado desde o início do processo de negociação no ano passado. Além dessas reivindicações, o Movimento exigiu o pagamento imediato das perdas inflacionárias referentes a 2012 e retroativo a janeiro.

Os representantes do governo afirmaram que a recusa a nova proposta havia gerado um impasse nas negociações e mesmo que “o reajuste passe de 4% para 14%, o Estado não possui arrecadação paralevar a negociação nesse patamar”. Com relação ao reajuste linear e seu pagamento retroativo, os representantes do governo disseram que os estudos técnicos já estão nas mãos do governador e ele é quem vai decidir.

Em resposta, o MD pontuou que a aprovação do indicativo de greve nas quatro universidades é uma demonstração da disposição para a luta, caso a negociação não avance como esperado pela categoria.

Uma moção de apoio aos docentes, aprovada pelo(a)s participantes do 45º Encontro da regional NEIIIdo Andes-SN, foi entregue aos representantes governamentais pelo I Secretário da Regional NE III, Robério Ribeiro.

Após forte tensionamento do Fórum das ADs para o agendamento de uma nova mesa setorial de negociação, o governo se comprometeu a entrar em contato com o Movimento Docente até a segunda (29) para marcar a data da reunião. Para o presidente da Adusb, Marcos Tavares, o momento “é de fortalecimento da mobilização, só ela, só a força do Movimento Docente será capaz de fazer com que o governo apresente uma nova proposta. Nesse sentido, o indicativo de greve aprovado é a melhor demonstração de que os professores e professoras estão dispostos a lutar. A não apresentação, por parte do governo, de uma nova proposta poderá levar os docentes à greve”. Conclui ele, “Diante da mobilização do MD, resta ao governo apresentar uma nova proposta, e, acredito que isso acontecerá”.