Camponeses realizam jornada de lutas em Brasília
Cerca de 3.500 camponeses ligados ao Movimento Camponês Popular (MPC) iniciaram na segunda-feira (04) a jornada de lutas em defesa da agricultura camponesa e meio ambiente em Brasília (DF). A mobilização exige que o governo federal crie políticas públicas para o fortalecimento da agricultura camponesa e proteção ambiental.

No primeiro dia de mobilizações foram realizadas audiências no Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Ministério da Previdência Social (MPS) e atos públicos. Uma equipe composta por coordenadores e camponeses do MCP foi recebida por representantes dos ministérios. Nenhum ministro compareceu às reuniões.

Na manhã desta terça-feira (05) os trabalhadores do campo fizeram uma audiência no Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e foram recebidos pelo ministro Pepe Vargas. “Depois de bastante pressão do movimento o ministro nos recebeu. Agora vamos ver na parte concreta se realmente atenderá os nossos pedidos”, avalia o coordenador do MCP, Altacir Bundes.

São 16 pontos na pauta de reivindicação do movimento, que vão desde a renegociação das dívidas até o fim dos impostos sobre a produção do campo. As políticas agrícolas para o campo, na opinião do movimento, são ineficientes, pois o governo federal optou pelo agronegócio que concentra e subutiliza terras, contamina os alimentos e o meio ambiente. “A opção do governo por esse modelo impede o investimento na agricultura camponesa”, ressalta Bundes.

O movimento tem audiência marcada para hoje à tarde no Ministério da Educação (MEC), Ministério das Cidades, Secretaria de Políticas para Mulheres e Secretaria Geral do Ministério da República, com Gilberto Carvalho. Caso as negociações não avancem, os camponeses continuarão a mobilização nesta quarta-feira (6). “Tem compromisso, tem diálogo, mas na prática é que queremos ver os resultados efetivos”, conclui o coordenador.

O Movimento Camponês Popular também solicitou audiência com a presidenta Dilma Rousseff, mas até o momento não obteve resposta.

Fonte: Brasil de Fato