Governo Dilma, lutas e pacto social são temas de resoluções nacionais

A situação nacional foi o segundo tema de votação das resoluções neste domingo (29). A proposta primeira proposta, aprovada por ampla maioria pelos delegados como resolução, alerta para que a classe trabalhadora não tenha nenhuma ilusão em relação ao governo Dilma e que só a luta dos trabalhadores e da juventude pode garantir emprego, terra, saúde, educação e moradia para todos.

O texto salienta que o Brasil reflete de maneira ainda limitada os efeitos da crise internacional, porém, não está imune à crise. É diante disso que o governo e os patrões, prevenindo-se do seu agravamento, realizam uma série de ataques e preparam novas medidas que representarão perdas aos trabalhadores.

Os escândalos de corrupção do governo Dilma, o caráter e as ações pro-imperialistas do governo, como a manutenção da ocupação do Haiti, e a ofensiva de criminalização das lutas sociais também foram destacadas.

A resolução reafirma o apoio da CSP-Conlutas a todas as lutas e chama à construção de um plano de ação de unifique, em uma jornada comum, todas as mobilizações contra as políticas anti-trabalhadores do governo Dilma e da burguesia.

Não ao pacto social 
Os delegados se posicionaram, também por ampla maioria, contra o pacto social implementado pelas centrais governistas, travestido de luta contra a desindustrialização.

Segundo a resolução, essa é mais uma armadilha aos interesses da classe trabalhadora. Afirma ainda que não se trata de defender a indústria nacional ou os empregos. Mas sim de garantir mais lucros aos patrões.

Portanto, foi definido em plenário que a CSP-Conlutas deve denunciar esse acordo e as centrais governistas que o apóiam. E, a partir das reivindicações concretas dos trabalhadores, lutar por aumento geral de salários, estabilidade no emprego, redução da jornada para 36 horas semanais sem redução salarial, não pagamento da dívida interna e externa, contra a política econômica do governo Dilma e um plano econômico dos trabalhadores que rompa com a dependência do capital estrangeiro e das multinacionais.

Construção Civil
Com a presença de uma representativa delegação de trabalhadores da construção civil, inclusive da Comperj e de Belo Monte, os delegados deliberaram ainda sobre a participação da CSP-Conlutas na Mesa Nacional da Indústria da Construção. 

O tema causou polêmica, com manifestações favoráveis e contrárias participação da central neste fórum de discussão. A proposta foi levada à votação e a presença da CSP-Conlutas nesta Mena Nacional foi aprovada pela maioria dos delegados.

As eleições municipais, que acontecerão esse ano, também foi tema de outra resolução discutida pelos delegados. Foi aprovado por ampla maioria que a central deve ter autonomia em relação a governos, patrões e partidos, mas que deve indicar a rejeição veemente aos candidatos da oposição burguesa (PSDB e seu bloco) e da base aliada do governo Dilma (PT, PMDB e aliados), bem como indicar o voto classista aos trabalhadores, rumo a uma sociedade socialista.

*Com edição do ANDES-SN

Fonte: CSP-Conlutas