Movimento mantém ocupação da ALBA

Desde a última terça-feira (31/5), professores, estudantes e servidores das quatro Universidades Estaduais da Bahia ocupam a galeria de ex-Presidentes na Assembleia Legislativa do Estado (ALBA). A ocupação é mais uma ação do movimento grevista para pressionar o governo a negociar com os segmentos universitários.

No segundo dia da ocupação (quarta, 01) as quatro Associações de Docentes (ADUNEB, ADUSC, ADUSB e ADUFS) entraram com uma representação criminal no Ministério Público solicitando a prisão do Secretário de Administração, Manoel Vitório, do Secretário de Educação, Oswaldo Barreto e do governador do estado, Jaques Wagner pelo não cumprimento das liminares concedidas pela Justiça que obriga o governo a pagar os salários dos professores grevistas.

Também na quarta, foi realizada uma passeata pelo Centro Administrativo (CAB). Com faixas, instrumentos de percussão, apitos e muitas palavras de ordem, marchinhas e música, os manifestantes caminharam da Assembleia Legislativa à Secretaria de Educação e da SEC à Governadoria, passando pelo Tribunal de Justiça. Na SEC, o movimento repudiou o Secretário de Educação, Osvaldo Barreto, por não dizer a verdade sobre os reais problemas das Universidades na mídia. No Tribunal da Justiça, estudantes, professores e servidores exigiram que a Justiça seja dura com o Governador que descumpre liminar do pagamento dos salários. Por sua vez, na Governadoria, os manifestantes, em alto e bom som, exigiram a reabertura das negociações e denunciaram o autoritarismo e intransigência do Governo Wagner.

Durante a noite, os ocupantes estão realizando plenárias para avaliar e programar as atividades da ocupação.

Professores solicitam instalação de CPI para apurar ato de improbidade administrativa do governador do estado

Dando prosseguimento às ações do movimento paredista, os professores protocolaram nesta quarta, 01, uma representação formal na Assembleia Legislativa solicitando a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o ato de improbidade administrativa do Governador do Estado e do Secretário de Administração, pela resistência em cumprir a ordem judicial que determinava o pagamento imediato dos salários suspensos dos professores dos meses de abril e maio. O documento também solicita a convocação do Secretário de Educação e do Procurador do Estado para que prestem esclarecimentos.

O líder da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo afirmou em reunião com representantes dos professores, estudantes e funcionários que o documento será encaminhado para Mesa Diretora da casa, que vai julgá-lo procedente ou não. Caso a Mesa entenda como procedente, o governador Jaques Wagner será intimado a prestar esclarecimentos no prazo de três dias.

Texto e fotos: Assessorias da ADUFS, ADUNEB e Fórum das ADs