Professores universitários fazem ato público no Iguatemi

 

Nesta sexta-feira (20), às 15 horas, em frente ao shopping Igautemi, os professores das universidades estaduais da Bahia farão um ato público para alertar a população sobre os motivos da greve e denunciar os ataques do governo Wagner (PT) ao ensino superior. Há mais de um mês, cerca de 60 mil estudantes das quatro Universidades estão sem aula. A greve dos professores reivindica do governo a retirada de uma cláusula do acordo salarial 2010 que congela os salários por quatro anos e a revogação do Decreto 12.583/11, que contingencia verbas no serviço público.

Em reunião na segunda (16), na Secretaria de Educação (SEC), o governo se recusou a retirar a cláusula e a revogar o Decreto, apesar de divulgar em alguns veículos de comunicação que a cláusula já teria sido retirada e que a greve dos professores era por motivos políticos.

Segundo o coordenador da Associação dos Docentes da Uefs (Adufs), Jucelho Dantas, o governo está tentando confundir a população com informações falsas. “Em nenhum momento o governo se propôs a retirar a cláusula. O que ele tem feito até agora é propor mudanças no texto, que não alteram seu caráter restritivo. Mais que o governo, queremos encerrar a greve, mas para isso precisamos de propostas reais. A greve foi a nossa última forma de pressionar o governo a resolver os problemas das Universidades”, completa Jucelho.

Durante a reunião, o governo solicitou uma contraproposta. Os professores estão analisando essa solicitação em seus comandos de greve e com a categoria. Uma nova reunião de negociação foi marcada para o dia 23 de maio, às 14h, na SEC.

Na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) a greve também foi deflagrada pelos estudantes. Na Uefs, os técnico-administrativos estão fazendo paralisações das atividades (11, 12, 18, 19 de maio). Na Universidade do Estado da Bahia (Uneb) a greve dos professores foi iniciada mais tarde e está completando 24 dias.

Para pressionar o fim da greve, o governo determinou o corte dos salários dos professores da Uefs, Uesb e Uesc do mês de abril, o que não intimidou a categoria que manteve o movimento. Nesta quarta-feira (18), a Justiça decidiu pela ilegalidade do corte dos salários e determinou o pagamento.

Fonte: Bocão News