Com 101 assinaturas na lista de presença, os professores da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) aprovaram, na tarde de ontem (01/03), em assembleia, o indicativo de greve, sem nenhum voto contra e com seis abstenções. Segundo o coordenador da Associação dos Docentes da Uefs (Adufs), Jucelho Dantas, a participação significativa dos docentes, considerando que estão na segunda semana de atividades do semestre letivo e às vésperas do carnaval, e a decisão massiva pelo indicativo da deflagração de uma greve, significa “uma demonstração inequívoca da vontade política de desmascarar a demagogia do governo Wagner”.
Para a diretoria da ADUFS, que defendeu o enfretamento com o governo, não há outra maneira de responder ao comportamento afrontoso do governo: após o entendimento em torno de um acordo, já negociado pelo Movimento Docente na Mesa Setorial, na reunião que seria a última, no dia 22 de dezembro, o Secretário de Educação acrescenta uma clausula na qual as ADs acordariam também o congelamento dos salários até 2015. Tal tentativa de engessar a luta salarial se constitui numa verdadeira provocação: afinal, em sã consciência, quem acha que a incorporação feita em duas parcelas por ano (ver aqui), vai melhorar os nossos salários a ponto de abrirmos mãos de outras reivindicações entre 2011 e 2014? Mesmo com os ganhos da incorporação, os salários dos docentes das UEBA permanecem em penúltimo lugar entre as Universidades estaduais (aqui).