Manifestação dos servidores públicos federais reúne 5 mil em Brasília

Cerca de cinco mil servidores públicos de todo o país participaram, na manhã desta quarta-feira (16), em Brasília, do ato em defesa do funcionalismo e do serviço público, que marcou o lançamento oficial da Campanha Salarial Unificada de 2011.

A atividade, que contou com a participação de representantes da CSP-Conlutas, CUT, CTB e Intersindical, além de parlamentares, começou com uma marcha pela Esplanada dos Ministérios até o Congresso Nacional. De lá, seguiram para o Ministério do Planejamento, onde protocolaram um pedido de audiência entre os servidores e a ministra titular da pasta, Miriam Belchior.

A campanha unitária inclui a reivindicação de política salarial permanente com reposição inflacionária, valorização do salário básico e incorporação das gratificações. A reversão de medidas que atentam contra a classe trabalhadora, como o PLP 549/09 (que congela por 10 anos os salários dos servidores), e a MP 520, que privatiza hospitais universitários, também estão pautadas pela campanha deflagrada hoje. O aumento do salário mínimo também foi incorporado à pauta.

"O ato atendeu às nossas expectativas, deu tudo certo. Só não deu certo o atendimento da ministra Miriam aos servidores. Mas vamos continuar pressionando o novo governo com unidade", avalia o 1º vice-presidente da regional Nordeste I do ANDES-SN, Josevaldo Cunha, que integrou a comissão que representou a entidade na mobilização.
 
Além da marcha e do ato, as entidades elaboraram um documento aos parlamentares com as reivindicações da categoria, que foi distribuído nesta quarta. Uma "carta aberta à população" também foi panfletada ao longo do trajeto entre a Catedral e o Congresso Nacional. Os manifestantes protocolaram, ainda, um pedido de audiência com a presidente Dilma Rousseff, solicitando abertura de negociações e atendimento das demandas do funcionalismo.

Na sexta-feira (18) haverá uma reunião ampliada da Coordenação Nacional das Entidades dos Servidores Públicos Federais - Cnesf, na capital federal, para avaliar os desdobramentos do ato de hoje e definir um calendário de mobilizações.

Foto: Agência Brasil