Em Assembleia Geral realizada na tarde desta quinta, 10, no Campus de Vitória da Conquista, a categoria decidiu paralisar as atividades até a próxima segunda, 14, quando deverá ocorrer um novo encontro para avaliar o documento que será proposto pelo governo ao Fórum das AD’s durante reunião nesta sexta, 11, com a presença de deputados da base governista. Até lá, os professores deverão suspender as suas atividades acadêmicas.
A expressiva participação de professores (108 assinaram a lista de presença) no encontro desta quinta demonstra o acerto na forma pela qual o Movimento Docente (MD) vem conduzindo o processo da Campanha Salarial, principal foco da luta neste instante. A cada nova assembléia, a participação da categoria aumenta e as decisões são tomadas de acordo com a vontade da maioria dos participantes. O “termo de descompromisso”, proposto pelo governo no último dia 19 de maio, foi novamente rejeitado pelos professores, após apresentação e discussão de todos os pontos. O argumento apresentado pelo governo, de que estaria impossibilitado de atender às demandas do MD por causa do período eleitoral, se revelou como uma farsa, uma vez que a referida proposta estabelece o dia 10 de novembro como o momento de abertura da mesa de negociação, data que também estaria neste mesmo prazo eleitoral.
Frente às discussões e compreendendo o dinamismo do processo, que requer análises profundas da conjuntura e o posicionamento do MD, a proposta de paralisação geral até segunda-feira (14) foi aprovada, como mais uma tentativa de pressionar o governo a apresentar uma proposta concreta que atenda verdadeiramente os anseios da categoria. A plenária avaliou que houve um recuo do governo quanto a esta questão e decidiu analisar a nova proposta na próxima Assembleia Geral (em Jequié), mas já tendo em vista que não se deve dar nenhuma confiança ao governo.
A criação do fundo de mobilização, a fim de intensificar a campanha de mídia decorrente da Campanha Salarial, também foi aprovada pela assembleia. Nos próximos três meses (contados a partir de julho), haverá o desconto de 0,5% do salário do associado, cujo valor será depositado em uma conta especifica. Os valores arrecadados só serão utilizados mediante a sua aprovação em assembleias, e estarão à disposição dos associados da Adusb para acompanhamento da arrecadação. Quem não desejar contribuir com o Fundo de Mobilização deverá entregar um ofício nas secretarias da Adusb, solicitando a retirada do seu nome.
Também foi aprovada a participação da Adusb no Conselho do Andes-SN (CONAD) que acontecerá entre os dias 24 e 26 de junho, em Fortaleza, no qual, entre outras discussões pertinentes ao MD, será empossada a nova diretoria do Sindicato Nacional. O professor Francisco Cardoso será o delegado eleito pela base e o presidente da Adusb, Alexandre Galvão, irá representando a diretoria, uma vez que também tomará posse como vice-presidente do Andes-SN - Regional III.
Fonte: Ascom Adusb