Terceirizados de Itapetinga fecham portões pelo pagamento de salários

Servidore(a)s terceirizado(a)s da Uesb mais uma vez têm seus salários e direitos trabalhistas negados. Desde os primeiros meses de 2013, o(a)s terceirizado(a)s vêm sofrendo com o atraso de seus pagamentos. Mesmo com o encerramento do contrato e a troca de empresa prestadora de serviço, estes trabalhadore(a)s continuam a enfrentar dificuldades. Como forma de reivindicar o pagamento imediato do salário do mês de dezembro e outros direitos, terceirizado(a)s do campus de Itapetinga fecharam os portões da Uesb também nesta segunda (20) pela manhã.

A mobilização em Itapetinga ocorre desde a quarta (15), quando em conjunto com o movimento estudantil, o(a)s terceirizado(a)s interromperam as atividades acadêmicas. De acordo com informações do representante do Sindilimp Sul e Extremo Sul, José Carlos de Jesus, a empresa HD não efetuou o pagamento do salário do mês de dezembro. Além disso, diverso(a)s terceirizado(a)s ainda não receberam direitos trabalhistas de agosto e novembro. O representante informou ainda que uma reunião entre o sindicato, empresa e reitoria deve ocorrer ainda hoje (20). 

Leia mais sobre os atrasos de pagamentos do(a)s terceirizado(a)s.

Jequié e Vitória da Conquista

Nos demais campi, apenas uma parte do(a)s trabalhadore(a)s tiveram seus salários do mês de dezembro pagos na sexta (17). Além disso, vale alimentação e transporte ainda necessitam ser depositados. Segundo o secretário do Sindilimp Sudoeste e Centro-Oeste, Luciano Souza, cerca de cinco trabalhadores do campus de Vitória da Conquista estão há três meses sem receber salários, inclusive o mês de dezembro. 

A Adusb presta total apoio à luta desse(a)s trabalhadore(a)s por seus direitos. A situação vivida por esta categoria é reflexo da política cruel da precarização do trabalho expressa no processo de terceirização, assim como da crise orçamentária vivida pelas universidades. A falta de uma fiscalização rigorosa das empresas terceirizadas, por parte da reitoria da Uesb, abre margem para o atraso dos pagamentos e direitos do(a)s trabalhadore(a)s.  Assim, a administração da Universidade é também responsável pelos transtornos e dificuldades enfrentadas pela categoria.