Categoria aprova indicativo de greve e paralisação

Reunidos em assembleia geral nesta quinta (18), o(a)s docentes da Uesb tomaram importantes decisões para o rumo das negociações da campanha salarial 2012/2013. Em protesto contra a proposta do governo e a indefinição, até o momento, sobre o pagamento da reposição das perdas salarias decorrentes da inflação do ano de 2012, o(a)s professores aprovaram uma paralisação de todas as atividades acadêmicas para terça (23) e o indicativo de greve.

Na ocasião, a categoria também tirou encaminhamentos sobre o adicional de insalubridade, homologou representantes para o Conselho de Campus de Jequié e a diretoria informou sobre a situação da Unimed Sudoeste.

Avaliação da proposta do governo e apreciação do indicativo de greve

O presidente da Adusb, Marcos Tavares, informou que após forte pressão do movimento docente e rejeição pelas assembleias das quatro universidades da proposta de reajuste no Incentivo de Pós-Graduação (IPG), no dia 22 de março, o governo recuou e apresentou duas novas propostas ao Fórum das ADs no dia 17 de abril. A reunião contou com a presença extraordinária do secretário da Saeb, Manoel Vitório, do secretário da Serin, César Lisboa e do secretário da Sec, Osvaldo Barreto.

A primeira proposta apresentada, chamada pelo governo de “A”, é uma versão da proposta já rejeitada pela categoria de reajuste no IPG e calendário da CET. Como seu princípio é a modificação nos índices de incentivo por titulação - perspectiva que divide e exclui parte da categoria – e já havia sido rechaçada pelo(a)s docentes em assembleia anterior, a proposta foi novamente descartada pelo plenário.

Veja a proposta A.

Dessa forma, o debate voltou-se para a discussão da proposta “B”, que devido ao posicionamento duro do Fórum das ADs na última reunião com o governo trouxe, enfim, para a mesa de negociação o reajuste no salário base. No documento apresentado, o governo propõe um calendário de incorporação da CET até março de 2014 e reajuste de 4% no vencimento base em junho de 2014.

 Confira a proposta B.

Diante destes cenários, o Fórum das ADs avaliou que o percentual de 4% proposto pelo governo ainda se encontra distante da reivindicação da categoria de equiparação salarial com os melhores vencimentos do Nordeste. Entretanto, o índice apresentado não deve ser rejeitado pelo(a)s professore(a)s, mas ampliado. Para que as negociações avancem, o Fórum indicou que o movimento sinalize com novo percentual de reivindicação de 14% de reajuste no vencimento base. Tal mudança não equipararia os vencimentos do(a)s docentes da Bahia aos do Ceará, mas demonstraria o desejo em negociar, numa tentativa de não gerar um impasse que leve o(a)s docentes à greve.

Ainda sobre a discussão salarial, o Fórum das ADs indicou que o Movimento continue a lutar pela incorporação total da CET para 2013, além de reivindicar que o pagamento da reposição da inflação referente a 2012, retroativo a janeiro, seja feito imediatamente. Em relação a esta indicação, a articulação com outros movimentos e sindicatos sobre o pagamento do reajuste linear deve ser buscada. O(A)s representantes docentes sugeriram ainda a criação de um GT junto ao governo para discussão da carreira em 2014.

O indicativo de greve defendido como estratégia de luta e mobilização da categoria também foi indicado pelo Fórum das ADs, bem como uma paralisação de atividades nas Ueba na terça (23) com concentração em Salvador, momento em que o Movimento Docente voltará a se reunir com o governo para apresentação dos resultados das assembleias.

A assembleia da Adusb ressaltou a importância de dar uma resposta firme ao governo, pois a pauta da campanha salarial foi protocolada em 14 de junho de 2012 e só quase um ano depois o governo apresentou algo apreciável.

O(A)s docentes também relembraram a dureza e truculência do governo Wagner em momentos passados, assim como o desrespeito que tem demonstrado para com a categoria ao desmarcar reuniões e não efetuar o pagamento do reajuste linear dos servidores do Estado.

Ao final das discussões deste ponto, a categoria aprovou todas as indicações do Fórum das ADs e enfatizou que não irá assinar nenhum acordo enquanto o governo não definir  e pagar o reajuste linear de reposição inflacionária.

Adicional de insalubridade

O presidente da Adusb, Marcos Tavares, passou os informes da discussão sobre insalubridade ocorrida na reunião setorial do campus de Jequié, realizada no dia 9 de abril. O diretor também comunicou aos presentes que de acordo com o reitor, o perito contratado pela Uesb e junta médica do Estado enfim chegaram a um acordo sobre o laudo. A expectativa agora é que a junta médica comece a analisar os processos no mês de maio. A diretoria da Adusb relembrou que há uma ação do sindicato sobre o tema aguardando nomeação de perito pela justiça e com pedido de pagamento retroativo.

O(A)s professores presentes manifestaram indignação com a morosidade e falta de isonomia nos processos de insalubridade e aprovaram a construção de documento público de denúncia da pauta interna. A ideia é cobrar encaminhamentos imediatos da reitoria sobre as reivindicações. O plenário aprovou ainda um indicativo de paralisação para o mês de junho, caso os processos não avancem até 15 de maio. A data da paralisação deve ser definida em assembleia no mês de junho.

Indicação de representação docente nos Conselhos dos campi

A assembleia homologou a indicação dos seguintes nomes para representantes docentes no Conselho de Campus de Jequié: Ana Angélica Leal Barbosa, Jeferson Chagas do Nascimento, Jorge Barros e Jorge Costa Nascimento.

Unimed-Sudoeste: avaliação dos serviços prestados

Foram prestados informes sobre a discussão da Unimed feita pelos docentes de Jequié e da reunião realizada pela Adusb com a diretoria da Unimed Sudoeste. De acordo com as orientações do plano de saúde, é importante que o(a)s usuário(a)s formalizem as informações por escrito Unimed Sudoeste e nas secretarias da Adusb para que os problemas sejam solucionados. Quanto à reclamação de que não existem médico(a)s para atendimento, a Unimed Sudoeste solicitou que sempre que o usuário não conseguir marcar consulta, deve-se registrar a solicitação na Unimed, pois devido à norma da ANS, o plano tem um prazo determinado para prestar o atendimento.

Leia o comunicado da Unimed sobre sua prestação de serviços.